RESUMO
Parashá Reeh
Deuteronômio 11:26 – 16:17
Parashat Re’eh é uma porção semanal da Torá encontrada no livro de Deuteronômio (Devarim) 11:26–16:17. Essa parashá é notável por enfatizar as escolhas que o povo de Israel deve fazer e as bênçãos que resultam dessas escolhas. Vamos explorar o significado e a importância dessa parashá.
“Re’eh” significa “veja” em hebraico, e o nome da parashá faz referência à primeira palavra do texto, onde Moisés exorta o povo a “ver” e entender as escolhas diante deles.
A Importância de Parashat Re’eh:
- Escolhas e Consequências: Parashat Re’eh enfatiza a importância das escolhas e das consequências que elas trazem. Moisés descreve as bênçãos que virão se o povo de Israel escolher seguir os mandamentos de D’us, bem como as maldições que enfrentarão se escolherem desviar-se do caminho.
- Advertência contra a Idolatria: A parashá adverte especificamente contra a idolatria e a adoração de outros deuses. Isso é crucial para manter a pureza da fé judaica.
- As Festas Judaicas: Re’eh destaca a importância das festas judaicas, incluindo Páscoa, Shavuot e Sucot. Essas festas não são apenas celebrações, mas também oportunidades para o povo de Israel se reconectar com D’us e Sua Torá.
- Caridade e Assistência aos Necessitados: A parashá enfatiza a importância da caridade e da assistência aos necessitados. Ela instrui os judeus a cuidar dos pobres, dos órfãos e das viúvas, demonstrando compaixão e solidariedade.
- Lugar de Adoração Único: Re’eh enfatiza a centralidade do Templo de Jerusalém como o único lugar onde as ofertas e os sacrifícios podem ser feitos a D’us. Isso reforça a unidade religiosa do povo de Israel.
Escolhas Pessoais e Coletivas: A parashá destaca que as escolhas feitas tanto em nível pessoal quanto coletivo têm um impacto significativo nas bênçãos ou maldições que a nação enfrentará.
Conclusão:
Parashat Re’eh é uma porção da Torá que nos lembra da importância das escolhas em nossas vidas e das consequências que essas escolhas trazem. Ela reforça a necessidade de manter a fé, a ética e a moralidade na comunidade judaica. Além disso, destaca a importância das festas judaicas como momentos de renovação espiritual e a oportunidade de buscar uma relação mais profunda com D’us. Re’eh continua a ser uma fonte de orientação e inspiração para os judeus, lembrando-os de que as escolhas feitas em conformidade com os princípios da Torá resultam em bênçãos e prosperidade.
ABRA BEM OS OLHOS
Dê uma boa e dura olhada no mundo ao seu redor. Seja claro sobre o que você vê e o que precisa ser feito e o que você precisa fazer. É isso que está por trás das linhas desta semana na leitura da Torá. “Vocês podem ver que estou colocando diante de vocês tanto uma bênção quanto uma maldição.
A bênção virá se vocês obedecerem aos mandamentos do Senhor, seu D’us, que hoje estou lhes prescrevendo.”(Deuteronômio 11:26-27)
A bênção não vem como uma recompensa pela observância dos mandamentos. A bênção emerge da observância em si. Embora esta parte aborde inúmeras questões, ela é focada principalmente em dois ingredientes importantes na vida judaica: leis alimentares judaicas e a observância dos festivais de peregrinação. Alguns podem, portanto, ler esta parte simplesmente como as leis e regulamentos dessas duas áreas essenciais da vida religiosa judaica. Apenas outro grupo de coisas complicadas a seguir — mais barreiras para entrar na comunidade judaica.
Para mim, no entanto, os princípios articulados nesta porção são mais sobre estabelecer uma disciplina espiritual para viver. Ela também nos fornece os parâmetros que nos impedem de adorar outros deuses, o medo real da Bíblia e desta porção – que forma seu restante. Se você observar as leis alimentares e celebrar os festivais que moldaram a psique judaica, então você não será desviado.
É importante notar isso, especialmente dado o medo das pessoas na comunidade que acreditam que, uma vez que as pessoas se casam entre si, elas se perdem para a comunidade judaica. E é por isso que a Bíblia é tão forte em sua insistência de que eliminemos aqueles que podem nos fazer desviar. Não importa, diz o texto, o relacionamento próximo desse indivíduo — determinado a ser aquele a ser erradicado — com você ou sua família.
Como podemos ver no texto, aquele a ser erradicado é aquele que é desviado (o que é definido em contraste com aqueles que observam as leis alimentares e celebram os festivais, que eu leio como desenvolver uma disciplina espiritual judaica para si mesmo). Em vez disso, construir uma forte identidade judaica irá garantir que uma família judaica surja — com a criação de crianças judias — mesmo dentro do contexto de um casamento pautado na Torá. Se você abrir os olhos, re’eh , você pode ver a possibilidade que o cerca.
“Se aparecer entre vocês um profeta ou um adivinho e ele lhes der um sinal ou um presságio, dizendo: ‘Vamos seguir e adorar outro deus’ — que vocês não tenham experimentado — mesmo que o sinal ou presságio que ele mencionou se cumpra, não deem ouvidos às palavras desse profeta ou adivinho. Pois o Senhor, seu D’us, está testando vocês para ver se vocês realmente amam o Senhor, seu D’us, de todo o coração e de toda a alma. Não sigam ninguém, exceto o Senhor, seu D’us, e não reverenciem nenhum outro; observem somente os mandamentos e ouçam somente as ordens de D’us; não adorem ninguém, exceto Hashem, e apeguem-se firmemente a Ele. Quanto a esse profeta ou adivinho, ele será morto; pois ele incitou a deslealdade ao Senhor, seu D’us, que os libertou da terra do Egito e os resgatou da casa da servidão — para fazê-los se desviarem do caminho que o Senhor, seu Deus, ordenou que seguissem.
Assim, vocês varrerão o mal do meio de vocês”(Deuteronômio 13:2-6).
(Rabino Kerry M. Olitzky)