Haftará: Isaías 54:1-10
Brit Chadashá: Mateus 5:27-30
Mishná Yoma:
Segundas e Quintas:
21:10-14 – 5 p’sukim
21:15-17 – 3 p’sukim
21:18-21 – 4 p’sukim
Parashat Ki Tetzei é uma porção semanal da Torá que se encontra no livro de Deuteronômio (Devarim) 21:10–25:19. Ela é notável por sua riqueza de leis e orientações práticas para a vida cotidiana do povo judeu. Vamos explorar o significado e a importância dessa parashá. “Ki Tetzei” significa “quando você sair” em hebraico, e o nome faz referência à primeira frase da parashá, que descreve várias situações e cenários cotidianos em que as leis e mandamentos de D’us devem ser aplicados.
A Importância de Parashat Ki Tetzei:
Conclusão: Parashat Ki Tetzei é uma porção da Torá que oferece orientações práticas para a vida cotidiana e estabelece princípios éticos fundamentais. Ela enfatiza a importância da justiça, compaixão e responsabilidade no relacionamento com D’us e com o próximo. As leis e mandamentos contidos nesta parashá continuam a ser uma fonte de inspiração e guia para os judeus em sua jornada espiritual e moral. Ela reforça a ideia de que a Torá não é apenas uma doutrina religiosa, mas também um manual para viver uma vida justa e significativa.
A LUTA PARA NÃO PERDER A LIBERDADE
O primeiro versículo da porção desta semana da Torá, Ki Tetsê, parece conter um erro gramatical. “Quando fores para a guerra contra teus inimigos” – começa o versículo – “e o Eterno teu D’us o entregará em tuas mãos.” Por que a Torá começa o versículo com o plural e continua no singular?
Cada palavra na Torá é exata, cada letra transmite uma imensidade de nuances e significados, que ensinam incontáveis lições. Este versículo, que aparentemente toca no assunto da guerra convencional, alude a um tipo diferente de guerra, uma guerra espiritual que é empreendida por todo indivíduo.
Um judeu pode enfrentar dois tipos de inimigos: um que ameaça sua existência física e outro que ameaça sua santidade especial como membro do povo judeu – sua alma judaica.
A Torá usa a palavra “inimigos” para referir-se às duas ameaças, pois o corpo e a alma do judeu trabalham em conjunto, unidos em seu serviço a D’us. Tudo que coloca em risco o bem estar físico da pessoa ameaça também seu equilíbrio espiritual, e vice versa.
A Torá nos diz como emergir vitorioso sobre ambos os tipos de inimigo: “Quando fores.” Uma pessoa deve revestir-se com a força que vem da fé total em D’us, mesmo antes de encontrar o inimigo. Em seguida, a atitude deve ser de ascendência – “contra (literalmente, ‘sobre’) teus inimigos.” Saiba que o próprio D’us está ao seu lado e o ajuda em sua luta.
Assim armado, a vitória está assegurada, não apenas contra os inimigos convencionais, mas contra a raiz de todo o mal – a má inclinação, igualada no Guemara com “o Satã (inimigo da alma) e o Anjo da Morte (inimigo do corpo físico).”
Quando um judeu sai para a “guerra” fortalecido com o conhecimento de que não há força no mundo capaz ds enfrentar a face da bondade e santidade, não somente as manifestações externas do mal são sobrepujadas, como sua fonte espiritual também é derrotada. A Torá usa portanto o inimigo singular – para aludir à má inclinação, a origem e protótipo de todo o infortúnio.
O versículo conclui com as palavras “e tu os fará cativos”. Se um judeu não for cuidadoso e cair presa da má inclinação, todas as suas faculdades mais elevadas, concedidas a ele por D’us para serem utilizadas para o bem, também caem em sua armadilha. A Torá ensina que o arrependimento sincero tem o poder de redimir estes prisioneiros cativos, elevando-os até que “transgressões voluntárias sejam consideradas como méritos”.
Este tipo de conflito armado aproxima Mashiach e a Redenção Final, quando a má inclinação será totalmente derrotada e a vitória sobre o pecado será permanente.
(Adaptado das obras do Rebe)