Yitró, sogro de Moshe, vem ao encontro deste com Tsiporá e seus filhos, Gershom e Eliezer. Yitró aconselha Moshe acerca de levantar outros líderes para auxilia-lo nas questões cotidianas com o povo. Moshe, humildemente aceita o conselho do sogro e põe em execução. São dadas instruções para a preparação para o recebimento da Torah. Após os (3) dias da preparação, Moshe sobe ao Monte Sinai para receber as tábuas da Lei. O povo todo ouve os dois primeiros mandamentos, e tomados de enorme temor pede a Moshe que ouça os demais e repasse a eles e que não ouçam mais a voz direta de HaShem pois temem morrer. São dadas instruções sobre como construir um altar.

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‍Lição Prática 

Preparação para Cabalat Torah (Recebimento da Torah)

O Eterno ordenou expressamente que o povo se preparasse para o recebimento da Torah no monte Sinai. Durante dois dias deveriam abster-se de relação conjugal, limpar as vestes e estarem prontos, santificados ao terceiro dia pois o Eterno se manifestaria a eles. O termo “lavar as vestes” não se limita a roupa física, mas a vestimenta da alma; a qual segundo o Tanya é Pensamento, Fala e Ação.

Nosso Rabino Yeshua disse: “O que sai do homem é que o torna impuro. Pois do interior do coração (mente) dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem impuro”.

Portanto, para recebermos a Torah de forma cada vez mais profunda, necessitamos purificar nossos pensamentos, nossa fala e nossas ações. Deuteronômio 6 fala dos Tefilin que devem ser atados na mão, o que representa a ação, a conduta do indivíduo e também devem ser como “frontais” entre os olhos, representando a mente (que domina o coração). Aplicando o conceito da Psicologia aqui entende-se que o “entre os olhos” ou na “testa” como trazem algumas versões refere-se mais precisamente ao córtex pré-frontal que antecede o lobo frontal e que é responsável pelo comando motor primário referente aos dedos, mãos, braços, ombros, língua etc… também pensamento abstrato, criativo, formação do pensamento e funções cognitivas, emoções, ou seja capacidade de julgamento e tomada de decisão.

Ou seja, de acordo com nosso nível de consciência e nível de Torah devemos aplicar-nos a santificação colocando a Lei do Eterno em cima, antes mesmo do nosso córtex pré-frontal que representa o nosso poder de domínio e controle.

‍Autor – Rav. Yehoshua Sh’lomoh

SEMPRE TEMOS ALGO A APRENDER UNS COM OS OUTROS 

A Inteligência pode estar em nossos genes, mas a sabedoria certamente não. Uma pessoa se torna sábia quando percebe que tudo em sua vida é uma oportunidade de aprender algo. Tudo o que acontece conosco e com todos que conhecemos (sim, todos) pode nos ensinar algo.

Em nossa porção, encontramos Moisés ouvindo atentamente e implementando a sugestão de Yitro. Moisés foi o maior de todos os profetas. Ele se comunicou diretamente com D’us e recebeu a Torá . Yitro não era apenas um profeta, ele era sogro de Moisés! No entanto, Moisés teve a humildade e a sabedoria de acatar o conselho de Yitro sobre como reorganizar os tribunais de forma mais eficiente, nomeando um nível médio de juízes.

Todos nós somos excelentes em alguma coisa. Algumas pessoas são excelentes em muitas coisas. Não importa o quão realizados sejamos, sempre há mais a aprender. As lições geralmente vêm de maneiras inesperadas e surpreendentes quando as pessoas estão dispostas a ver a vida como uma experiência de aprendizado. As pessoas com quem aprendemos não precisam ser nossos pares ou superiores em inteligência. Cada pessoa com quem interagimos pode ensinar algo. Se estivermos abertos a aprender as lições “não convencionais” da vida, nos tornamos sábios e inspiramos aqueles ao nosso redor à sabedoria também. Vamos transformar inteligência em sabedoria!
(Rabino Moshe Becker)