PARASHÁ

BEHA'ALOTCHA

בְּהַעֲלֹתְךָ

Ao ascender

Números 8:1 - 12:16

1: Nm 8:1 – 8:14

2: Nm 8:15 – 8:26

3: Nm 9:1 – 9:14

4: Nm 9:15 – 10:10

5: Nm 10:11 – 10:28

6: Nm 10:29 – 11:29

7: Nm 11:30 – 12:16

Estudo

Haftará: Zacarias 2:14 – 4:7

Brit Chadashá: I Coríntios 10:6-13

Mishná Yoma: Avot 3:18-4:1 a 4:12-13 

Segundas e Quintas:

8:1-4 – 4 p’sukim
8:5-9 – 5 p’sukim
8:10-14 – 5 p’sukim

RESUMO

Parashá Beha'alotcha

Números 8:1 – 12:16

RESUMO 

Parashat Beha’alotcha é uma porção semanal da Torá encontrada no livro de Números (Bamidbar) 8:1–12:16. Esta parashá é notável por destacar temas como a iluminação do Menorah, a liderança de Moisés, os desafios enfrentados pelo povo de Israel no deserto e a importância da humildade. Vamos explorar o significado e a importância dessa parashá. “Beha’alotcha” significa “quando você acender” em hebraico, e o nome da parashá faz referência ao comando de D’us a Aarão para acender as lâmpadas do Menorah, o candelabro de sete braços no Tabernáculo.

  1. A Iluminação do Menorah: A parashá descreve em detalhes a iluminação do Menorah, destacando a importância da luz como símbolo da presença divina. Isso simboliza a necessidade de iluminar o caminho espiritual do povo judeu e manter a chama da fé viva.
  2. A Liderança de Moisés: Beha’alotcha destaca os desafios que Moisés enfrentou como líder do povo de Israel, incluindo reclamações e críticas. Isso ilustra as dificuldades da liderança e a importância da paciência e da confiança em D’us.
  3. A Nuvem de D’us: A parashá descreve como a nuvem de D’us guiava o acampamento de Israel no deserto. Isso simboliza a proteção divina e a orientação durante a jornada.
  4. A Reclamação pelo Maná: Beha’alotcha relata a insatisfação do povo de Israel com o maná, o alimento milagroso fornecido por D’us. Essa história ensina sobre a importância da gratidão e da confiança em D’us.
  5. A Humildade de Moisés: A parashá destaca a humildade de Moisés, que é chamado de “o homem mais humilde da Terra”. Isso serve como um exemplo de liderança baseada na humildade e na servidão a D’us.

A Nomeação dos Setenta Anciãos: Beha’alotcha narra a nomeação de setenta anciãos para ajudar Moisés na liderança do povo. Isso destaca a importância da distribuição de responsabilidades e da liderança compartilhada.

 

Aplicação na prática 

Parashat Beha’alotcha aborda temas fundamentais, como liderança, humildade, confiança em D’us e a importância da luz espiritual. Ela fornece insights sobre os desafios enfrentados pelo povo de Israel no deserto e como esses desafios moldaram sua jornada espiritual. Além disso, destaca a liderança exemplar de Moisés, que serviu como um modelo de humildade e compromisso com D’us. Essas lições continuam a ser relevantes na vida judaica, lembrando os judeus de manter a fé, a gratidão e a humildade em sua jornada espiritual.

 Autor – Rav. Yehoshua Sh’lomoh

 

 

 

SAIA  AO ENCONTRO DAS PESSOAS 

“Espalhar as fontes para fora”: uma nascente jorra e flui para fora sem esperar que as pessoas venham beber. Uma fonte sai e dá de beber também aos que se encontram distantes. É esse o jeito de espalhar as fontes da Torá para todos os lugares. Não devemos esperar sentados, até que os distantes se aproximem da fonte – a Torá, e peçam para beber. Devemos sair e espalhar para fora as fontes que emanam.

Esse método foi iniciado por Aharon, o Cohen, que “amava a paz e a buscava, amava as criaturas e as aproximava da Torá.” Não esperava que viessem até ele. Tomava a iniciativa. Saía ao encontro de todas as pessoas, e “as aproximava da Torá”. Não aproximava a Torá às pessoas. Não a modificava, nem fazia concessões. Não facilitava, nem tentava adaptar a Torá à pessoas. Trazia-as para a Torá, tal como ela é.

Há uma alusão ao trabalho de Aharon na Parashá: “Ao acenderes as lâmpadas”. A incumbência especial de Aharon HaCohen era acender a menorá. As velas simbolizam as almas judias. “Uma vela de D’us é a alma do homem.” O trabalho de Aharon era acender e elevar todas as velas, de todos os tipos. Em cada judeu há uma chama Divina, embora oculta. Aharon acende essa lâmpada, e revela a chama, que antes se encontrava oculta.

Aharon acendia as lâmpadas da menorá até que a chama subisse sozinha. O mesmo é válido para as almas judias. Não basta acender a chama: a vela Divina que há no interior do judeu. É preciso influenciá-lo de tal forma que a chama suba sozinha. Que o judeu não mais necessite que o acendam e o elevem, e sim, que o fogo brilhe por si só.

É assim que se deve “espalhar as fontes”. Sair, chegar a cada judeu e iluminar a centelha de sua alma, que lá se encontra, mesmo estando adormecida. É preciso apenas encontrá-la, acender e elevar a chama, até que brilhe por si só.

(Baseado em Likutê Sichot, Vol. II, págs.316-317)

Midrashim

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