Haftará: Zacarias 2:14 – 4:7
Brit Chadashá: I Coríntios 10:6-13
Mishná Yoma: Avot 3:18-4:1 a 4:12-13
Segundas e Quintas:
8:1-4 – 4 p’sukim
8:5-9 – 5 p’sukim
8:10-14 – 5 p’sukim
RESUMO
Parashat Beha’alotcha é uma porção semanal da Torá encontrada no livro de Números (Bamidbar) 8:1–12:16. Esta parashá é notável por destacar temas como a iluminação do Menorah, a liderança de Moisés, os desafios enfrentados pelo povo de Israel no deserto e a importância da humildade. Vamos explorar o significado e a importância dessa parashá. “Beha’alotcha” significa “quando você acender” em hebraico, e o nome da parashá faz referência ao comando de D’us a Aarão para acender as lâmpadas do Menorah, o candelabro de sete braços no Tabernáculo.
A Nomeação dos Setenta Anciãos: Beha’alotcha narra a nomeação de setenta anciãos para ajudar Moisés na liderança do povo. Isso destaca a importância da distribuição de responsabilidades e da liderança compartilhada.
Aplicação na prática
Parashat Beha’alotcha aborda temas fundamentais, como liderança, humildade, confiança em D’us e a importância da luz espiritual. Ela fornece insights sobre os desafios enfrentados pelo povo de Israel no deserto e como esses desafios moldaram sua jornada espiritual. Além disso, destaca a liderança exemplar de Moisés, que serviu como um modelo de humildade e compromisso com D’us. Essas lições continuam a ser relevantes na vida judaica, lembrando os judeus de manter a fé, a gratidão e a humildade em sua jornada espiritual.
SAIA AO ENCONTRO DAS PESSOAS
“Espalhar as fontes para fora”: uma nascente jorra e flui para fora sem esperar que as pessoas venham beber. Uma fonte sai e dá de beber também aos que se encontram distantes. É esse o jeito de espalhar as fontes da Torá para todos os lugares. Não devemos esperar sentados, até que os distantes se aproximem da fonte – a Torá, e peçam para beber. Devemos sair e espalhar para fora as fontes que emanam.
Esse método foi iniciado por Aharon, o Cohen, que “amava a paz e a buscava, amava as criaturas e as aproximava da Torá.” Não esperava que viessem até ele. Tomava a iniciativa. Saía ao encontro de todas as pessoas, e “as aproximava da Torá”. Não aproximava a Torá às pessoas. Não a modificava, nem fazia concessões. Não facilitava, nem tentava adaptar a Torá à pessoas. Trazia-as para a Torá, tal como ela é.
Há uma alusão ao trabalho de Aharon na Parashá: “Ao acenderes as lâmpadas”. A incumbência especial de Aharon HaCohen era acender a menorá. As velas simbolizam as almas judias. “Uma vela de D’us é a alma do homem.” O trabalho de Aharon era acender e elevar todas as velas, de todos os tipos. Em cada judeu há uma chama Divina, embora oculta. Aharon acende essa lâmpada, e revela a chama, que antes se encontrava oculta.
Aharon acendia as lâmpadas da menorá até que a chama subisse sozinha. O mesmo é válido para as almas judias. Não basta acender a chama: a vela Divina que há no interior do judeu. É preciso influenciá-lo de tal forma que a chama suba sozinha. Que o judeu não mais necessite que o acendam e o elevem, e sim, que o fogo brilhe por si só.
É assim que se deve “espalhar as fontes”. Sair, chegar a cada judeu e iluminar a centelha de sua alma, que lá se encontra, mesmo estando adormecida. É preciso apenas encontrá-la, acender e elevar a chama, até que brilhe por si só.
(Baseado em Likutê Sichot, Vol. II, págs.316-317)