PARASHÁ

BALAK

בָּלָק

Balaque

Números 22:2 - 25:9

1: Nm 22:2 – 2:12

2: Nm 22:13 – 22:20

3: Nm 22:21 – 22:38

4: Nm 22:39 – 23:12

5: Nm 23:13 – 23:26

6: Nm 23:27 – 24:13

7: Nm 24:14 – 25:9

Estudo

Haftará: Miquéias 5:6 – 6:8

Brit Chadashá: I Corintíos 1:20-31

Mishná Yoma: Avot 6:11 -Horayot 1:1 a 2:7-3:1

Segundas e Quintas:

22:2-4 – 3 p’sukim
22:5-7 – 3 p’sukim
22:8-12 – 5 p’sukim

RESUMO

Parashá Balak

Números 22:2 – 25:9

Balak, o rei de Moav, temia morbidamente Bnei Ysrael. Ele apontou um conhecido feiticeiro para blasfema-los.

Inicialmente, Hashem se dirige a Bilam proibindo-o de cumprir a missão. Mas devido a insistência de Bilam, Hashem reaparece uma segunda vez, permitindo que ele siga em frente. No caminho, o malach (anjo, mensageiro Divino) bloqueia o caminho da jumenta de  Bilam. Sem conseguir controlar sua frustração, Bilam bate na jumenta cada vez que ele para ou tenta desviar do caminho. Miraculosamente a jumenta fala, perguntando a Bilam porque ele lhe bateu. O malach explica a Bilam o que ele pode ou não dizer em relação ao Povo Judeu. Quando Bilam chega ao seu destino, o Rei Balak faz preparações elaboradas com a esperança de que Bilam suceda. Três vezes Bilam tenta blasfemar Bnei Ysrael, porém três vezes ele os abençoa involuntariamente. Balak, percebendo que Bilam falhou, o manda embora em desgraça. O Povo Judeu começa a pecar com mulheres moabitas e a servir aos seus ídolos, e são então punidos com uma praga.

Um dos líderes Judeus atrevidamente traz uma princesa midianita para sua tenda frente a Moshe e ao povo. Pinchas, neto de Aharon, pega uma lança e mata ambos pecadores. Isso para a praga, que havia causado 24.000 mortes.

Lição Prática

À primeira vista, não havia nenhum problema no modo como Bilam tratou sua jumenta. Ela empacara e chegara até mesmo a lhe comprimir a perna contra a parede, sem nenhum motivo aparente. Apesar disso, ele foi inquirido sobre seu comportamento.

A razão disto é que é proibido se contentar apenas com uma observação superficial dos acontecimentos. Era necessário que ele analisasse em profundidade a situação e procurasse motivos para o que lhe fazia sua mula. Se assim tivesse se conduzido, chegaria a conclusões importantes e, por isso a exigência.

Isso é muito relevante e diz respeito a qualquer passo dado na vida. Não se deve viver superficialmente e sim meditar sobre tudo o que acontece, tirar conclusões do passado e chegar a decisões práticas para melhorar a conduta e o modo de agir.

 
Autor – Rav. Yehoshua Sh’lomoh



NEM TUDO É BOM PARA TODOS 

A parashá desta semana relata a profecia de Bilam, no ano 2488 após a Criação do Universo. Relaciona-se aquela geração que entraria na Terra de Israel assim como a futura volta de todos os judeus à Terra Santa com a vinda Mashiach.

Sua chegada não é um acontecimento fácil de conscientizar para qualquer um de nós, afinal, vivemos relativamente bem onde quer que estejamos. Mudanças nem sempre são bem vindas, principalmente as que desconhecemos e receamos.

É interessante que em hebraico a palavra que denomina a diáspora – golá é exatamente a mesma palavra, com um pequeno, mas essencial acréscimo de um alef (letra muda) que significa gueulá – redenção. Pois Hashem conhece as suas criaturas e sabe que nos acomodamos na golá como se fosse a gueulá.

Porém, nem tudo que é bom para nós, é bom para o resto das pessoas. Se dermos uma olhada ao nosso redor, veremos pobreza, miséria, violência, inveja, corrupção etc. Com um olhar mais abrangente veremos povos em disputas, terrorismo em várias partes do mundo, países inteiros em sofrimento… Se deixarmos de lado um pouco do nosso egocentrismo, se revelará uma profunda vontade de que todos esses problemas sejam resolvidos. Essa vontade traduzida em realidade será a vinda de Mashiach. Como isto acontecerá ou quando, são perguntas que conforme o Rambam escreve, só serão respondidas quando efetivamente acontecerem.

Qual será, portanto, a diferença entre a diáspora e a redenção?

Um pequeno alef, que simboliza O ribono shel olam (o Senhor do Universo, D’us.)

Pois a presença de D’us nesse mundo será revelada através de Mashiach para todos os seres do universo, como as águas encobrem os oceanos. Não haverá mais guerras, inveja, ódio nem disputas, pois estaremos ocupados em conhecer a sabedoria divina e praticar somente bondade ao nosso semelhante.

Midrashim

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