Yom Yerushalayim – O Dia de Jerusalém

Yom Yerushalayim é comemorado anualmente no dia 28 de Iyar — cerca de uma semana antes de Shavuot. Em 2025, essa data corresponde à quarta-feira, 28 de maio (do pôr do sol de 27 até o pôr do sol de 28 de maio).

Yom Yerushalayim marca a reunificação de Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Pela primeira vez desde a destruição do Segundo Templo, o povo judeu retomou o controle de Jerusalém Oriental, incluindo o Monte do Templo (Har HaBayit) e o Muro Ocidental (Kotel).

As palavras do então comandante Motta Gur ecoaram na história:

“Har HaBayit BeYadeinu!”

“O Monte do Templo está em nossas mãos!”

Durante 19 anos (1948–1967), a Cidade Velha de Jerusalém permaneceu sob domínio jordaniano. Os judeus estavam impedidos de visitar os locais sagrados. O acesso ao Kotel era negado, e muitos lugares foram profanados.

Na Guerra dos Seis Dias, travada contra várias nações árabes, Israel venceu em apenas 6 dias — uma vitória considerada milagrosa por muitos — e recuperou sua capital espiritual e histórica. Jerusalém não é apenas uma cidade. É o coração espiritual do povo judeu, mencionada mais de 600 vezes no Tanach, e centro das preces e esperanças milenares.

É a cidade onde Avraham quase sacrificou Yitzchak.

Foi a capital de David HaMelech.

Lugar onde Shlomo construiu o Primeiro Beit HaMikdash.

E é o local do Beit HaMikdash que esperamos ver reconstruído.

Por gerações, os judeus disseram:

“No próximo ano, em Jerusalém reconstruída” – (no final do Sêder de Pêssach e do Yom Kipur)

Costumes de Yom Yerushalayim:

  1. Hallel com Brachá

É costume recitar o Hallel completo com bênção durante Shacharit, em sinal de gratidão.

  1. Tefilot especiais

Adiciona-se orações de agradecimento como Al Hanissim e Tehilim 122 (“Shir LaMa’alot – Lirguêl Yerushalayim”).

  1. Desfiles e danças em Jerusalém

Milhares participam da Marcha das Bandeiras, desfilando com bandeiras de Israel pela Cidade Velha até o Kotel, com cânticos e danças.

  1. Histórias e testemunhos

Muitos compartilham relatos de soldados e sobreviventes, vídeos históricos, e memórias do momento da libertação.

O retorno ao Muro das Lamentações representa mais do que uma vitória militar. Ele simboliza o início da concretização da profecia de retorno:

“E os filhos retornarão às suas fronteiras” (Yirmiyahu 31:16)

A Cabalá fala de duas Jerusaléns: Yerushalayim shel Mata – A cidade terrena.

Yerushalayim shel Ma’alah – A Jerusalém celestial.

A verdadeira redenção ocorrerá quando ambas estiverem unidas. Yom Yerushalayim é um prenúncio desse encontro.

Esse dia desperta Ahavat Tzion (amor por Sião) e reacende o chamado para não esquecermos Jerusalém, nossa essência espiritual:

“Se eu me esquecer de ti, Jerusalém, que minha destra perca a força” (Tehilim 137:5)

Yom Yerushalayim não é apenas uma comemoração nacional, mas uma data profundamente espiritual.

É o dia em que lembramos:

Que a história judaica está viva; Que as profecias se cumprem aos nossos olhos;

Que Jerusalém não é símbolo de política — mas da nossa alma coletiva.

Neste dia, elevamos nossas orações para que Jerusalém não seja apenas uma cidade unificada, mas também restaurada em sua santidade.

“Que seja Tua vontade que vejamos a reconstrução do Templo em breve, em nossos dias.”

( Hilchot Beit HaBechirah 6:14,  Ta’anit 5a, Zôhar – Vol. 3, 221a)

(D’vorah Anavá)

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