Os sete mandamentos deRabanan são preceitos instituídos pelos sábios judeus, e seu cumprimento por Yeshua é evidenciado em vários momentos relatados na Brit Chadashah. Estes mandamentos refletem a tradição viva do judaísmo, e Yeshua, como um judeu praticante, os respeitava como parte de sua observância da Torá e da halachá.
Abaixo está uma análise de como Yeshua e seus talmidim (discípulos) seguiram esses preceitos, com referências talmúdicas e da Brit Chadashah:
Embora não haja uma menção direta sobre Yeshua acendendo velas de Shabat ou Yom Tov, o respeito pelo Shabat é evidente. Ele participava de refeições festivas no Shabat (Lucas 14:1). A prática de acender velas é mencionada no Talmud como parte de shalom bayit (paz no lar) (Shabat 23b).
Yeshua esteve em Jerusalém durante a “Festa da Dedicação” (Chanucá), conforme relatado em João 10:22-23. Embora o texto não mencione diretamente o acendimento das velas, sua presença no Templo demonstra sua participação nesta celebração rabínica.
Não há registros diretos sobre Yeshua celebrando Purim, mas a tradição rabínica de ler a Meguilat Ester foi estabelecida antes do primeiro século (Meguilá 4a). Como judeu observante, é razoável supor que ele seguia esta prática, especialmente por sua afinidade com os costumes do povo judeu.
Yeshua claramente recitava bênçãos antes de comer, como em Mateus 14:19, quando ele “abençoou” antes de multiplicar os pães e os peixes. A tradição de recitar bênçãos é detalhada no Talmud em Brachot 35a.
Em Mateus 15:1-2, Yeshua não é acusado de não lavar as mãos, mas seus talmidim são questionados por não seguirem “as tradições dos anciãos”. Isso sugere que Yeshua, como rabi, cumpria essa prática. A Netilat Yadayim é discutida no Talmud em Chulin 106a.
A prática de Eruvin permite carregar objetos em Shabat dentro de certas áreas definidas. Em Atos 1:12, os talmidim de Yeshua respeitam os limites de caminhada permitidos no Shabat (Techum Shabat), que é uma extensão desta mitzvá rabínica. O conceito de Eruvin é detalhado em Eruvin 4b.
Durante a última ceia, que era um sêder de Pessach, Yeshua e seus talmidim cantaram hinos (Mateus 26:30), muito provavelmente o Hallel (é costume recitar os Salmos 113-118 em Pessach). A obrigatoriedade do Hallel em Yom Tov é mencionada em Pesachim 117a.
Concluímos que, Yeshua não apenas cumpriu as mitzvot da Torá, mas também seguiu os mandamentos rabínicos (deRabanan), demonstrando sua adesão à tradição judaica de seu tempo. Essas práticas reforçam que ele vivia como um judeu observante, honrando a Torá e as instituições rabínicas estabelecidas.
Sua conduta serve como testemunho da continuidade entre a Torá escrita e oral, mostrando que os mandamentos rabínicos são uma expressão viva do relacionamento entre o povo judeu e D’us.