Yom Kippur

Yom Kipur (o Dia da Expiação): 9 e 10 de Tishrei Yom Kipur é o dia mais sagrado do ano – o dia no qual estamos mais perto de D’us e da quintessência de nossas almas. É o Dia da Expiação – “Pois neste dia Ele te perdoará, te purificará, para que sejas purificado de todos os teus pecados perante D’us” (Levítico 16:30).

Yom Kipur é o Shabat dos Shabatot e, portanto, todo trabalho profano deve cessar e todas as leis do Shabat devem ser respeitadas. Assim como no Shabat, é proibido carregar sobre si qualquer objeto durante Yom Kipur. Além de observar as leis do Shabat, em Yom Kipur outras cinco restrições são acrescidas:

“Não comer, não beber, não trabalhar, não se lavar e nem massagear a pele (perfumes, cremes etc.), não calçar couro, não ter relações conjugais”.

O jejum diz respeito tanto aos homens quanto às mulheres, mesmo grávidas ou amamentando. Só em caso de doença ou onde haja algum perigo à vida, o jejum pode ser suspenso (consulte seu rabino). As crianças de 9 a 10 anos podem jejuar algumas horas, e, a partir dos 11 anos, conforme avaliação dos pais, podem jejuar o dia todo. Mas o jejum torna-se obrigatório aos 12 anos, para meninas, e aos 13, para meninos.

Após o pecado do bezerro de ouro, Moshê (Moisés) rezou e, no dia dez do mês hebraico de Tishrei, D’us concedeu pleno perdão ao povo judeu.

 

O Dia da Expiação, sobre o qual declara a Torá: “No décimo dia do sétimo mês afligirás tua alma e não trabalharás, pois neste dia, a expiação será feita para te purificar; perante D’us serás purificado de todos teus pecados.”

Esclarecendo a natureza de Yom Kipur, o Rambam escreve: “É o dia de arrependimento para todos, para o indivíduo e para a comunidade; é o tempo do perdão para Israel. Por isso todos são obrigados a se arrepender e a confessar os erros em Yom Kipur.”

A expiação obtida através de Yom Kipur é muito mais elevada que aquela conseguida através do arrependimento, pois neste dia os judeus e D’us são apenas um. O judeu une-se com D’us para revelar um vínculo intocável pelo pecado, sem obstáculos.

Teshuvá, o retorno do judeu ao bom caminho, não está restrito apenas a Yom Kipur. Há muitas outras épocas que são propícias para que isto ocorra, e na verdade, um judeu pode, e deve, ficar em estado de reflexão, alerta e arrependimento todos os dias do ano.

 

Chegando à sinagoga os homens vestem o Talit, xale de reza, ainda à luz do dia, além da túnica branca (Kitel). Esta vestimenta simboliza a pureza sem pecado, pois neste dia somos comparados a anjos: não comemos, não bebemos, mas rezamos o tempo todo, e estamos livres de nossos pecados.

O serviço começa com a retirada dos Rolos da Torá por membros veneráveis da comunidade, que então tomam um lugar a cada lado do chazan, cantor. O chazan então lentamente recita o Col Nidrê três vezes em um tom solene, e todos repetem.

Minchá

O aspecto mais destacado do serviço de Minchá é a leitura da Torá, e especialmente de Maftir (leitura adicional) quando o celebrado livro de Yoná é recitado, o qual nos conta o salvamento da cidade de Nínive pelo arrependimento. D’us está sempre pronto a perdoar se a pessoa realmente fizer teshuvá, retornar sinceramente ao bom caminho.

 

Neilá

Após Minchá, segue-se o solene serviço de Neilá (Encerramento), o climax de todas as preces de Yom Kipur. A Arca é mantida aberta durante todo o decorrer dessa prece. O serviço de Neilá é concluído com as exclamações do Shemá e Baruch Shem, nossa proclamação de destemida lealdade e determinação para morrer por nossa fé se necessário, como nossos santos mártires fizeram no passado.

Isto é seguido por aquela famosa declaração da unicidade de D’us: “O Eterno – Ele é o único D’us”, pronunciada primeiro por nosso profeta Eliyáhu no Monte Carmel.

O último verso é repetido sete vezes de modo mais ardente. O Shofar é então soado num longo toque, e Yom Kipur é concluído com o voto de: “No próximo ano em Jerusalém!”

Search

Categorias

Artigos relacionados