Sarah, a primeira mulher judia da história, esposa de Avraham, originária de Ur dos Caldeus, uma grande cidade em seu tempo, escolheu seguir seu marido saindo de sua terra e do meio de sua parentela. Ela era filha de Haran e neta de Terach, o pai de Avraham.
O seu primeiro nome foi na verdade Yiskah que significa “vidente” ou “profetiza”. Este nome, assim como seus demais nomes, se conectava muito à algo existente em sua alma: uma forte conexão com o mundo espiritual e uma grande capacidade de sentir o que estava vindo ou quais as energias espirituais que cercavam sua família. Esse dom explica o que levou Sarah a seguir seu marido em uma missão tão desafiadora. Ela não era uma menina seguindo seu coração, mas uma mulher seguindo sua alma.
Avraham mudou então seu nome de Yiskah para Sarai, que significa “minha princesa”. Ele escolheu este nome por conta da profunda estima que ele tinha por sua mulher. Avraham foi capaz de notar a elevação da alma de Sarah e, inclusive, foi capaz de acreditar que todas as bênçãos que ele alcançava chegavam até ele através dela.
Ela passou pela terceira e última mudança de nome, quando o próprio D’us muda seu nome de Sarai para Sarah, que significa “princesa”. No momento desta mudança percebemos que o Eterno dava a ela seu verdadeiro nome. Ele ordena que Avraham não a chame mais de Sarai, mas de Sarah, que é seu verdadeiro nome.
O Eterno operou muitos milagres em benefício de Sarah. Rashi comenta que seu filho Yistzchak nasceu semelhante ao seu pai Avraham e que D’us fez isso para proteger a honra de Sarah impedindo que qualquer pessoa tentasse dizer que o filho na verdade era de Avimelech.
Sarah era igual a seu marido Avraham em todos os quesitos de bondade. Assim como Avraham falava do D’us únicos para seus visitantes, Sarah falava para as mulheres.
Nossos sábios nos contam que três milagres aconteciam continuamente na vida de Sarah:
Apesar da proeminência de Avraham, seu protagonismo espiritual se encerra com a morte de Sarah. Isto porque os três milagres são transferidos para a vida de Yitzchak e Rivkah, enquanto os dias de Avraham param de ser narrados em detalhes.