PARASHÁ

TETZAVEH

תְּצַוֶּה

Ordene

Êxodo 27:20 - 30:10

1: Ex 27:20 – 28:12

2: Ex 28:13 – 28:30

3: Ex 28:31 – 28:43

4: Ex 29:1 – 29:18

5: Ex 29:19 – 29:37

6: Ex 29:38 – 29:46

7: Ex 30:1 – 30:10

Estudo

Haftará: Ezequiel 43:10 – 27

Brit Chadashá: Hebreus 13:10 – 17

Mishná Yoma: Shavuot 6:1-2 a 7:6-7

Segundas e Quintas:

10 p’sukim
10 p’sukim
18 p’sukim

RESUMO

Parashá Tetzaveh

Êxodo 27:20 – 30:10

Parashat Tetzaveh: A Importância do Sacerdócio e do Vestuário Sacerdotal

Parashat Tetzaveh é uma porção semanal da Torá encontrada no livro de Êxodo (Shemot) 27:20–30:10. Ela é notável por detalhar as instruções divinas para o sacerdócio e o vestuário sacerdotal, especialmente para o Sumo Sacerdote. Vamos explorar o significado e a importância dessa parashá.

O Significado de Tetzaveh:

“Tetzaveh” significa “você comandará” em hebraico, e o nome da parashá faz referência ao comando de D’us a Moisés para comandar os filhos de Israel a trazerem azeite puro de oliva para o Menorah, o candelabro de sete braços.

A Importância de Parashat Tetzaveh:

  1. O Sacerdócio: Tetzaveh destaca a instituição do sacerdócio e a nomeação de Aarão como Sumo Sacerdote. Isso estabelece a importância do serviço religioso e do culto a D’us no Tabernáculo e, posteriormente, no Templo.
  2. O Vestuário Sacerdotal: A parashá detalha o design e a fabricação do vestuário sacerdotal, incluindo as vestes do Sumo Sacerdote. Cada elemento do vestuário tem significado simbólico e cerimonial, destacando a santidade do sacerdócio.
  3. A Coroa do Sumo Sacerdote: Tetzaveh descreve a coroa especial usada pelo Sumo Sacerdote, na qual está gravada a inscrição “Santidade ao Senhor”. Isso enfatiza a santidade e a separação do Sumo Sacerdote para o serviço divino.
  4. Azeite Puro de Oliva: A parashá enfatiza a importância do azeite puro de oliva para iluminar o Menorah. Isso simboliza a luz espiritual que ilumina a vida do povo de Israel.
  5. A Continuidade do Sacerdócio: Tetzaveh estabelece as práticas e tradições do sacerdócio, que foram transmitidas de geração em geração e desempenharam um papel central na vida religiosa judaica.

Ligação entre o Povo e D’us: A parashá destaca a importância dos sacerdotes como intermediários entre o povo de Israel e D’us, desempenhando um papel fundamental nos rituais e sacrifícios.

Conclusão:

Parashat Tetzaveh enfoca a importância do sacerdócio, do vestuário sacerdotal e dos rituais sagrados no culto a D’us. Ela destaca a santidade do serviço religioso e a conexão entre o povo de Israel e D’us por meio dos sacerdotes. Além disso, enfatiza a continuidade das tradições religiosas judaicas e a importância de manter a santidade no culto divino. Essas lições continuam a ser fundamentais na compreensão da história e da religião judaica, lembrando os judeus de sua herança espiritual e da importância do serviço a D’us.

Autor – Rav. Yehoshua Sh’lomoh



SOZINHO COM D’US 

Um foco central da consciência judaica através dos tempos é o Templo de Jerusalém, o local onde o mundo e D’us se encontram quase tangivelmente. A Torá descreve em detalhes o protótipo do Templo, o Santuário portátil construído por Moshé e o Povo Judeu no deserto do Sinai.

A porção da Torá da semana passada descreveu como o Santuário deveria ser construído. Ela descreveu o Pátio, com o Altar de Cobre para as oferendas. Então, a oeste, o Santuário interior, com paredes de madeira de cedro cobertas de ouro e um teto formado de delicadas tapeçarias. A porção da semana passada também descreveu a maioria dos objetos sagrados que eram colocados no Santuário: a Arca de Ouro, contendo as Tábuas da Lei; a Mesa de Ouro; a Menorá de Ouro com sete braços.

Entretanto, um importante objeto foi deixado de fora, como veremos. A leitura da Torá desta semana, Tetsavê (Shemot 27:20-30:10), dá os detalhes a respeito das vestes dos “sacerdotes” (cohanim), os oficiantes do Santuário: Aharon e seus filhos. Ela, então, descreve como o Santuário e os próprios sacerdotes deveriam ser santificados com o óleo de unção e como os serviços no Santuário deveriam começar.

Bem no final da porção da Torá desta semana, um último item é descrito. Este é o Altar de Ouro, no qual o cohen oferece incenso duas vezes por dia, todas as manhãs e tardes. Ele ficava no Santuário interno, próximo à Menorá de Ouro.

Os Sábios perguntam: por que esta importante parte do Santuário foi deixada para o final? Certamente ela pertence à porção da semana passada, na qual todos os outros detalhes do Santuário são descritos!

Uma resposta é: o Altar de Ouro foi deixado para o final porque ele expressa o propósito de todo o Santuário. Ele é o clímax, pois o serviço no Altar de Ouro era solitário enquanto que os outros serviços no Santuário eram públicos. O Talmud Yerushalmi (Yoma 5:2) afirma que quando um cohen entrava no Santuário para oferecer incenso no Altar de Ouro, ele estava sozinho com D’us.

Isto enfatiza a dimensão privativa e pessoal de toda prática judaica. Por causa do calor social da vida judaica, nós, às vezes, nos esquecemos da alegria e plenitude que o Judaísmo pode nos dar como indivíduos. Cada mitsvá (mandamento Divino) é uma conexão pessoal com D’us.

Nós poderíamos executar a mitzvah sozinhos ou com um grupo de pessoas. Sempre existe uma dimensão pessoal íntima. O foco no Altar de Ouro na porção da Torá nos lembra que, pela prática do Judaísmo em nosso mundo cotidiano, todo indivíduo pode entrar na atmosfera perfumada do Santuário e oferecer incenso a D’us.
(Tali Loewenthal)

Midrashim

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