Haftará: Ezequiel 43:10 – 27
Brit Chadashá: Hebreus 13:10 – 17
Mishná Yoma: Shavuot 6:1-2 a 7:6-7
Segundas e Quintas:
10 p’sukim
10 p’sukim
18 p’sukim
Êxodo 27:20 – 30:10
Parashat Tetzaveh: A Importância do Sacerdócio e do Vestuário Sacerdotal
Parashat Tetzaveh é uma porção semanal da Torá encontrada no livro de Êxodo (Shemot) 27:20–30:10. Ela é notável por detalhar as instruções divinas para o sacerdócio e o vestuário sacerdotal, especialmente para o Sumo Sacerdote. Vamos explorar o significado e a importância dessa parashá.
O Significado de Tetzaveh:
“Tetzaveh” significa “você comandará” em hebraico, e o nome da parashá faz referência ao comando de D’us a Moisés para comandar os filhos de Israel a trazerem azeite puro de oliva para o Menorah, o candelabro de sete braços.
A Importância de Parashat Tetzaveh:
Ligação entre o Povo e D’us: A parashá destaca a importância dos sacerdotes como intermediários entre o povo de Israel e D’us, desempenhando um papel fundamental nos rituais e sacrifícios.
Conclusão:
Parashat Tetzaveh enfoca a importância do sacerdócio, do vestuário sacerdotal e dos rituais sagrados no culto a D’us. Ela destaca a santidade do serviço religioso e a conexão entre o povo de Israel e D’us por meio dos sacerdotes. Além disso, enfatiza a continuidade das tradições religiosas judaicas e a importância de manter a santidade no culto divino. Essas lições continuam a ser fundamentais na compreensão da história e da religião judaica, lembrando os judeus de sua herança espiritual e da importância do serviço a D’us.
Autor – Rav. Yehoshua Sh’lomoh
SOZINHO COM D’US
Um foco central da consciência judaica através dos tempos é o Templo de Jerusalém, o local onde o mundo e D’us se encontram quase tangivelmente. A Torá descreve em detalhes o protótipo do Templo, o Santuário portátil construído por Moshé e o Povo Judeu no deserto do Sinai.
A porção da Torá da semana passada descreveu como o Santuário deveria ser construído. Ela descreveu o Pátio, com o Altar de Cobre para as oferendas. Então, a oeste, o Santuário interior, com paredes de madeira de cedro cobertas de ouro e um teto formado de delicadas tapeçarias. A porção da semana passada também descreveu a maioria dos objetos sagrados que eram colocados no Santuário: a Arca de Ouro, contendo as Tábuas da Lei; a Mesa de Ouro; a Menorá de Ouro com sete braços.
Entretanto, um importante objeto foi deixado de fora, como veremos. A leitura da Torá desta semana, Tetsavê (Shemot 27:20-30:10), dá os detalhes a respeito das vestes dos “sacerdotes” (cohanim), os oficiantes do Santuário: Aharon e seus filhos. Ela, então, descreve como o Santuário e os próprios sacerdotes deveriam ser santificados com o óleo de unção e como os serviços no Santuário deveriam começar.
Bem no final da porção da Torá desta semana, um último item é descrito. Este é o Altar de Ouro, no qual o cohen oferece incenso duas vezes por dia, todas as manhãs e tardes. Ele ficava no Santuário interno, próximo à Menorá de Ouro.
Os Sábios perguntam: por que esta importante parte do Santuário foi deixada para o final? Certamente ela pertence à porção da semana passada, na qual todos os outros detalhes do Santuário são descritos!
Uma resposta é: o Altar de Ouro foi deixado para o final porque ele expressa o propósito de todo o Santuário. Ele é o clímax, pois o serviço no Altar de Ouro era solitário enquanto que os outros serviços no Santuário eram públicos. O Talmud Yerushalmi (Yoma 5:2) afirma que quando um cohen entrava no Santuário para oferecer incenso no Altar de Ouro, ele estava sozinho com D’us.
Isto enfatiza a dimensão privativa e pessoal de toda prática judaica. Por causa do calor social da vida judaica, nós, às vezes, nos esquecemos da alegria e plenitude que o Judaísmo pode nos dar como indivíduos. Cada mitsvá (mandamento Divino) é uma conexão pessoal com D’us.
Nós poderíamos executar a mitzvah sozinhos ou com um grupo de pessoas. Sempre existe uma dimensão pessoal íntima. O foco no Altar de Ouro na porção da Torá nos lembra que, pela prática do Judaísmo em nosso mundo cotidiano, todo indivíduo pode entrar na atmosfera perfumada do Santuário e oferecer incenso a D’us.
(Tali Loewenthal)