Os judeus europeus não sucumbirão ao antissemitismo

Durante sua visita a Amsterdã com uma delegação de líderes que buscam a paz, o rabino Lewin abordou questões urgentes: o crescente antissemitismo na Europa, os fortes laços com o Azerbaijão e o complexo relacionamento entre Israel e França.

O rabino Moshe Lewin, vice-presidente da Conferência dos Rabinos Europeus, conselheiro especial do Rabino Chefe da França e rabino de Lorraine, falou semana do dia 20/11 com jornalistas locais em Amsterdã sobre os crescentes desafios enfrentados pela comunidade judaica na Europa. Em meio ao crescente antissemitismo no continente e no mundo todo, o rabino Lewin enfatizou a necessidade de resiliência e unidade.

O rabino Lewin citou dados preocupantes mostrando que, desde o ataque mortal a Simchat Torah, mais de 96% dos judeus europeus relatam encontrar antissemitismo em suas vidas diárias. Esta estatística alarmante, que surgiu em um novo relatório publicado pela National Coordination for Combating Antissemitismo, renovou as preocupações com a segurança e o bem-estar das comunidades judaicas.

Além disso, ele citou descobertas da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia (EU FRA), que relataram um aumento de 400% na atividade antissemita desde o início do conflito recente.

“O antissemitismo na Europa está aumentando”, disse o rabino Lewin, “mas, pessoalmente, não encontrei incidentes em Paris. O antissemitismo não é exclusivo da Europa; ele existe nos EUA e em outros lugares do mundo.” O rabino Lewin continua confiante na força da comunidade judaica na Europa e acredita que ela pode continuar a prosperar apesar dos desafios crescentes.

O rabino também compartilhou detalhes sobre sua visita a Amsterdã, onde acompanhou uma delegação de imãs franceses e belgas liderada pelo Imam Hassan Jallumi, Presidente da Conferência dos Imames da França. A delegação veio a Amsterdã para condenar firmemente os recentes ataques antissemitas violentos contra apoiadores de Israel. Durante sua visita, a delegação visitou a Casa de Anne Frank e enviou uma mensagem clara: “Não podemos tolerar tais demonstrações de ódio e violência.”

O rabino Lewin falou positivamente sobre o Azerbaijão, descrevendo-o como “um país que ama Israel” — um contraste gritante com as dificuldades enfrentadas pelos judeus na Europa Ocidental. “O Azerbaijão está com Israel e se junta a nós no combate ao antissemitismo e à incitação, apesar de sua população predominantemente muçulmana”, ele observou. De acordo com Lewin, a parceria entre Israel e Azerbaijão oferece um modelo de cooperação positivo entre países de maioria muçulmana e Israel e a diáspora judaica.


Fonte:
https://www.jpost.com/judaism/

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