A Grande Assembleia, aqui vale um detalhamento especial, pois foi um marco fundamental na história judaica, estabelecendo as bases para a prática e a organização do judaísmo pós-exílio babilônico. Este grupo consistia em 120 sábios, incluindo líderes religiosos, profetas e escribas, como Esdras (Ezra), Neemias e outros notáveis, que lideraram o retorno dos judeus a Eretz Israel no século V a.C. e a reorganização espiritual e comunitária do povo.
Após o exílio babilônico (586–538 a.C.), o rei persa Ciro permitiu que os judeus retornassem a Jerusalém para reconstruir o Templo (Esdras 1:1-4). No entanto, o povo enfrentou desafios espirituais e sociais, como casamentos mistos, desorganização comunitária e a necessidade de restabelecer o estudo da Torá como pilar central da vida judaica (Esdras 9–10; Neemias 8).
A Grande Assembleia foi formada para lidar com essas questões, sob a liderança de Esdras, descrito como “um escriba versado na Torá de Moshe” (Esdras 7:6). A tradição atribui aos membros da Assembleia a tarefa de restaurar a observância da Torá e preservar o judaísmo em tempos de crise.
Os Tanaim (mestres da Mishná) sistematizaram a Torá Oral, culminando na Mishná compilada por Rabi Yehuda HaNasi (c. 200 d.C.). O Rabino Yeshua, ativo no início do século I, foi parte desse contexto, ensinando a Torá escrita e oral e renovando aspectos espirituais e éticos do judaísmo.
Ele é reconhecido como uma figura central no período por ter sido morto e ressuscitado sua atuação causou tanto aceitação de um lado como rejeição de outro lado por parte da liderança religiosa que atuava em Jerusalém com viés político de roma de certa forma, mas também atuou como mestre dentro da tradição judaica.
– Brit Chadashah: Relatos do Rabino Yeshua no período dos Tanaim e seus talmidim.
– Mishná: Obra principal compilada pelos Tanaim.
– Talmud Bavli, Bava Metzia 85b: Papel de Rabi Yehuda HaNasi.
Os Amoraim foram os sábios responsáveis por interpretar e expandir a Mishná, criando o Talmud. Este período ocorreu em dois centros principais: Babilônia, que produziu o Talmud Bavli (mais extenso e amplamente utilizado), e Eretz Israel, que produziu o Talmud Yerushalmi. As academias talmúdicas foram lideradas por figuras como Rav Ashi e Ravina, que concluíram a redação do Talmud Bavli.
– Talmud Bavli e Yerushalmi: Obras compiladas pelos Amoraim.
– Talmud Bavli, Gittin 60b: Discussão sobre a interpretação e expansão da Mishná.
Os Gueonim, líderes das academias babilônicas de Sura e Pumpedita, foram responsáveis pela preservação e disseminação do Talmud. Eles responderam a questões legais em responsas conhecidas como “Teshuvot HaGueonim”, consolidando o Talmud como a autoridade central do judaísmo rabínico.
– Teshuvot HaGueonim: Coleções de responsas haláchicas.
– Iggeret Rav Sherira Gaon: História das academias talmúdicas.
Os Rishonim foram os primeiros comentadores e codificadores do Talmud. Entre eles estão figuras muito solenes, no que tange a literatura clássica utilizada em todas as vertentes judaicas, pois fizeram trabalhos realmente colaborativo e trouxeram praticidade para as gerações posteriores, são nomes como:
– Rashi (1040–1105): Comentário ao Talmud e Tanach, o maior comentarista da torah
– Rambam (Maimônides, 1135–1204): Autor do “Mishneh Torá”, uma codificação sistemática e abrangente das leis judaicas.
– Rif (Rav Isaac Alfasi, 1013–1103): Precursor da codificação da Halachá que gerou o Sefer HaHalachot para leis iniciais deste seguimento.
O trabalho dos Rishonim estabeleceu as bases para o estudo talmúdico e a prática judaica até hoje.
Os Acharonim representam os sábios mais recentes, que continuaram a interpretar e aplicar a Torá às novas realidades do mundo moderno. Durante este período, surgiram:
– Movimentos como o chassidismo (Baal Shem Tov, 1698–1760): Ênfase na espiritualidade e devoção.
– Rav Yosef Karo (1488–1575): Autor do “Shulchan Aruch”, padronizando a Halachá.
– Rav Ovadia Yosef (1920–2013): Grande autoridade sefaradita moderna.
O estudo do Talmud foi fortalecido, e a Halachá continua sendo aplicada de maneira dinâmica.
A evolução dos sábios de Israel exala o compromisso ininterrupto com a preservação e aplicação da Torá. Desde os primeiros patriarcas até os líderes modernos, cada período trouxe mudanças significativas que moldaram a tradição judaica, mantendo-a viva e relevante para cada geração.