Hitbodedut - Meditações

Em hebraico, a palavra mais comumente usada para conotar meditação é “Hitbodedut” – traduzida como isolamento, estar sozinho, ou buscando o interior. Devido à maneira que agimos, ficamos repletos dos ruídos do mundo, até o ponto em que dele extraímos nosso sentido da vida. Ficar só e em silêncio costuma ser assustador para a maioria das pessoas.

A meditação afasta a pessoa da dependência do externo, dirigindo seu foco para o íntimo. A meditação judaica propõe o foco no centro de toda a realidade, o Criador, e a forjar uma conexão entre o ser e D’us a sua Fonte – isto é, retornar e ser englobado na unidade de Deus, que é uma realidade necessária – só é possível através de bitul (autonegação, transparência).Uma pessoa tem que se tornar totalmente transparente, até ser envolvida na unidade de Deus.

E a única maneira de obter o bitul é através do hitbodedut . Ao se isolar e conversar longamente com seu Mestre, através disso a pessoa merece negar  os seus desejos físicos e traços de mau caráter e ser englobada em sua Fonte.Portanto, uma pessoa tem que ir sozinha à noite por um local isolado, em um lugar onde não há mais ninguém, e ali desprender-se de si e envolver-se na presença Divina.

Em outras palavras, no início ele deve orar e falar bastante em hitbodedut à noite até que mereça negar uma coisa – ou seja, negar uma característica ou desejo específico. E ele deve continuar praticando hitbodedut por muito tempo,seja em um horário específico, um local previamente reservado para esse momento, até negar tudo, ou seja até se esvaziar por completo.                   (Likutei Moharan 53:3:1-5)

“Uma pessoa deveria clamar e implorar a Deus exatamente por isso, por ter se tornado tão distante que não consegue nem falar. Ele deve implorar a Deus por compaixão e graça, que Ele tenha piedade dele e abra a boca para que possa se expressar diante Dele. 

E sabe! Muitos, muitos tzadikim renomados relataram que alcançaram seu alto nível espiritual somente através desta prática. O indivíduo perspicaz compreenderá por si mesmo o grande benefício desta prática, que se eleva cada vez mais. Além disso, é uma prática acessível a todas as pessoas, das menores às maiores. Pois qualquer pessoa pode fazer uso desta prática e assim chegar a um nível elevado. Feliz é aquele que o agarra.”

 
Escrito por: Morah D’vorah Anavá

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Cultura judaica

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