Halel, que literalmente significa “louvor”, é composto dos Salmos 113 a 118 e é recitado em louvor aos milagres de D’us e Sua salvação da nação judaica de uma crise específica. A importância do Hallel (Oração de Louvor e Gratidão) é tão grande que a Halachá estabelece que a pessoa que chegou atrasada à Sinagoga, caso tenha chegado no momento em que se preparam para iniciar o Hallel, não deve perder o mérito de recitá-lo com o público.
É também proibido interromper a recitação do Hallel, mesmo em silêncio. É permitido, porém, interromper para responder Amen ou à Kedushá, junto com o público. É obviamente proibido pular qualquer trecho do Hallel, que deve ser recitado como foi organizado pelos nossos Sábios; a não ser quando se trata do Hallel Bedilug (“Halel Incompleto”), no qual se pula dois dos capítulos dos Salmos que compõem o Halel Shalem (“Halel Completo”), por determinação dos mesmos Sábios.
O Halel inteiro é acrescentado às preces diárias nos seguintes feriados:
Pêssach (o primeiro dia) | Shavuot | Sucot | Chanucá
E fazemos o “meio-Hallel” nas seguintes ocasiões:
Rosh Chodesh
Os dias intermediários e o último dia de Pêssach (há diferenças de opinião se a recitação de Hallel é uma obrigação bíblica ou rabínica).
Os seis Salmos seguintes são de louvor com o nome de Halel, recitados a cada festa, e servem para comemorar os momentos de salvação nacional. Estes Salmos contêm temas fundamentais da fé judaica: Êxodo, divisão do Mar Vermelho, outorga da Torá no monte Sinai, a futura ressurreição dos mortos e a vinda do Messias. Estas orações retratam D’us como o Senhor do Universo, que conduz e modela a história da humanidade conforme seu projeto.
Haleluiá! Louvado seja o Eterno! Louvai Seu Nome, ó servos do Eterno!
Seja bendito Seu Nome, desde agora e para todo o sempre.
Do nascimento do sol a seu ocaso, seja o Nome do Eterno louvado.
Muito acima de todas as nações está o Eterno, e acima dos céus Sua glória.
Quem é como o Eterno, nosso Deus, que habita nas alturas e vê o que se passa nos céus e na terra?
Do pó Ele levanta o pobre, e do monturo, o indigente, para fazê-los sentar com os nobres, com os exaltados nobres de Seu povo.
Somente Ele pode transformar uma mulher estéril em alegre mãe de vários filhos. Louvado seja o Eterno! Haleluiá!
Este Salmo continua o anterior, e louva a Deus por erguer os necessitados e despossuídos. Israel foi elevado desta maneira quando deixou o Egito e arriscou sua vida, entrando no mar por ordem Divina.
Quando saiu Israel do Egito e a Casa de Jacob de um ambiente de língua estranha à sua, tornou-se Judá seu sagrado povo e Israel Seu domínio.
Viu-os o mar e fugiu; retrocedeu seu fluxo o Jordão.
Como cabritos saltaram os montes, como cordeiros os outeiros.
O que te pôs em fuga, ó mar, e o que te fez retroceder, ó Jordão?
Por que como cabritos saltastes, ó montes, e vós como cordeiros, ó outeiros?
Diante da Presença do Eterno eu tremi, diz a terra, diante da Presença do Deus de Jacob,que converte o rochedo num lago e o penhasco numa fonte.
O Salmo anterior trata do temor reverencial inspirado pelos milagres de Deus. Aqui, o salmista descreve os resultados desta inspiração. Embora Israel tenha permanecido imbuído de fé, nossos opressores logo escarneceram: “Onde está o seu Deus?” Assim, oramos para Deus intervir novamente nos assuntos do ser humano, menos por amor a nós, e mais por ele mesmo.
Não a nós, ó Eterno, não a nós, mas a Teu Nome, concede glória, por Tua benevolência e por Tua fidelidade.
Por que diriam as nações: “Onde está o seu Deus?”
Nos céus está nosso Deus, e tudo que lhe aprouver Ele fez.
Quanto a seus ídolos, são apenas ouro e prata, obras de mãos humanas.
Eles têm boca, mas não conseguem articular sequer um som; olhos têm, mas não conseguem enxergar; têm ouvidos que não escutam, narinas que são incapazes de sentir cheiros, mãos que não apalpam, pés que não se movem, e som algum pode ser emitido por suas gargantas.
Que passem a ser como eles os que os constróem e todos que os veneram e neles confiam.
Israel, porém, confia somente no Eterno, que é seu Amparo e seu Escudo.
Ó Casa de Aarão, confia no Eterno, que é teu Amparo e teu Escudo.
Ó vós, que temeis o Eterno, Nele depositai vossa confiança, pois Ele é vosso Amparo e vosso Escudo.
De nós se lembra o Eterno e nos concede Sua bênção. Ele abençoará a Casa de Israel; a Casa de Aarão há de abençoar; abençoará aos que temem o Eterno, tanto aos pequenos como aos grandes.
Que o Eterno vos multiplique, a vós e a vossos descendentes.
Que sejais benditos pelo Eterno, que fez os céus e a terra.
Do Eterno são os céus, mas aos homens Ele entregou a terra.
Nem os mortos nem os que descem à região do silêncio podem louvar ao Eterno.
Mas nós bendiremos ao Eterno, desde agora e para todo o sempre. Louvado seja o Eterno! Haleluiá!
O salmista previu a solidão de Israel no exílio. As nações iriam zombar dele, dizendo: “Vossas orações e rogos são inúteis, pois Deus voltou um ouvido surdo para vós.” Assim, ele compôs este Salmo para encorajar os exilados, abatidos, e seguro de que “Ele ouvirá a minha voz e as minhas súplicas.”
Amo ao Eterno porque Ele ouve minha voz e minhas súplicas.
Para mim inclinou Seu ouvido e eu invocarei Seu Nome enquanto viver.
Cercaram-me os laços da morte; as angústias da sepultura me envolveram, aflição e ansiedade se apoderaram de mim.
Invoquei o Nome do Eterno: “Salva minha vida, ó Eterno!”
Piedoso e benevolente é nosso Deus; Ele é misericordioso.
Ele protege os que são simples; cheguei a estar prostrado, mas Ele me salvou.
Volta a ter sossego, alma minha, pois o Eterno para contigo foi bondoso.
Tu livraste, ó Eterno, minha alma da morte, meus olhos das lágrimas, meus pés de andarem sem repouso e tropeçarem.
Continuarei entre os vivos, andando perante a face do Eterno.
Mantive Nele minha confiança mesmo quando falei: “Grande é minha aflição.”
Em desespero, cheguei a dizer: “Mentiroso e indigno de confiança é todo ser humano.”
Como poderei retribuir ao Eterno por todos os benefícios que me tem feito?
Tomarei o cálice da salvação e invocarei Seu santo Nome.
Na presença de todo o seu povo cumprirei os votos que fiz ao Eterno.
Penosa aos olhos de Ado-nai é a morte de Seus devotos.
Agradeço-Te, ó Eterno; sou Teu servo, filho de Tua serva; quebraste as cadeias que me prendiam.
A Ti trarei oferendas de agradecimento e invocarei Teu Nome.
Na presença de todo o Seu povo hei de pagar meus votos ao Eterno, nos átrios de Sua casa, no meio de ti, ó Jerusalém! Louvado seja o Eterno! Haleluiá!
Este Salmo de somente dois versículos, é o menor capítulo das Escrituras. Esta brevidade simboliza a ordem mundial que prevalecerá após o advento do Messias.
Louvai ao Eterno, ó vós, todas as nações! Louvado seja Ele por todos os povos!
Porque imensa é Sua constante bondade para conosco, e para sempre durará Sua fidelidade. Louvado seja o Eterno! Haleluiá!
Este Salmo expressa gratidão e confiança. Assim como David foi levado de seus problemas para um reinado marcado por glórias e realizações, assim também Israel pode esperar pela redenção Divina dos apuros do exílio e da opressão.
Agradecei ao Eterno porque Ele é bom e eterna é Sua misericórdia.
Que proclame Israel: “Eterna é Sua misericórdia.”
Que também proclame a casa de Aarão: “Eterna é Sua misericórdia.”
Que proclamem todos os que temem ao Eterno: “Sua misericórdia é infinita!”
Invoquei o Eterno no momento de angústia e Ele me ouviu e me livrou das atribulações.
O Eterno está comigo, por isso nada temerei; o que me pode fazer o ser humano?
O Eterno está comigo e me ampara, por isso posso enfrentar os meus inimigos.
Melhor é confiar no Eterno do que nos seres humanos.
Melhor é Nele confiar do que em príncipes.
Cercaram-me todas as nações, mas em Nome do Eterno as destrocei.
Voltaram a cercar-me, envolveram-me de todos os lados, mas em Nome do Eterno as destrocei.
Cercaram-me como abelhas com seus ferrões, mas foram extintos como o fogo que queima os espinhos, pois em Nome do Eterno os destrocei.
Com violência me empurraram para me fazer cair, mas o Eterno me amparou.
O Eterno é minha força e meu cântico, e Ele foi minha salvação.
Vozes de júbilo e salvação são escutadas das tendas dos justos, porque proezas realizou a Destra do Eterno.
Exalta-se a Destra do Eterno e proezas realiza.
Não morrerei! Viverei e hei de relatar os feitos do Eterno.
Ele severamente me puniu, mas não me entregou à morte.
Os portais da justiça abri para mim; por elas entrarei para louvar ao Eterno.
Esta é a porta do Eterno, pela qual entrarão os justos.
Quero agradecer-Te porque me escutaste e Te tornaste minha salvação.
A pedra, inicialmente rejeitada pelos edificadores, veio a tornar-se a pedra angular,
pois assim o determinou o Eterno. Maravilhoso é isto para nós!
Este é o dia com que nos brindou o Eterno e nele nos alegraremos e nos regozijaremos!
Rogo, ó Eterno, salva-nos e faze-nos prosperar!
Bendito é aquele que vem em Nome do Eterno. Nós o bendizemos da casa do Eterno.
O Eterno é nosso Deus, é Quem nos ilumina. Trazei a oferenda e atai-a aos ângulos do altar.
Tu és meu Deus e eu Te exaltarei; meu Deus és Tu e sempre Te louvarei.
Agradecei ao Eterno, porque Ele é bom e eterna é Sua misericórdia.
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