Albert Einstein

Nascido em uma família de judeus alemães, mudou-se para a Suíça ainda jovem e iniciou seus estudos na Escola Politécnica de Zurique. Após dois anos procurando emprego, obteve um cargo no escritório de patentes suíço enquanto ingressava no curso de doutorado da Universidade de Zurique. Em 1905, publicou uma série de artigos acadêmicos revolucionários.

Uma de suas obras era o desenvolvimento da teoria da relatividade especial. Percebeu, no entanto, que o princípio da relatividade também poderia ser estendido para campos gravitacionais, e com a sua posterior teoria da gravitação, de 1916, publicou um artigo sobre a teoria da relatividade geral. 

Enquanto acumulava cargos em universidades e instituições, continuou a lidar com problemas da mecânica estatística e teoria quântica, o que levou às suas explicações sobre a teoria das partículas e o movimento browniano. Também investigou as propriedades térmicas da luz, o que lançou as bases da teoria dos fótons. Em 1917, aplicou a teoria da relatividade geral para modelar a estrutura do universo como um todo. Suas obras renderam-lhe o status de celebridade mundial enquanto tornava-se uma nova figura na história da humanidade, recebendo prêmios internacionais e sendo convidado de chefes de estado e autoridades. Foi professor da Academia de Ciências de Berlim.

Em 1933, quando o Partido Nazista chegou ao poder na Alemanha, estava nos Estados Unidos, onde passou a morar. Desde então, não tornou a residir no seu país de origem. Naturalizou-se estadunidense em 1940. Em agosto de 1939, pouco antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial, ajudou a alertar o presidente Franklin Delano Roosevelt que a Alemanha poderia estar desenvolvendo uma arma atômica, recomendando aos norte-americanos começarem uma pesquisa semelhante, que se tornaria o Projeto Manhattan. Apoiou os Aliados, opondo-se, no entanto, à utilização de armas nucleares contra o Japão. Mais tarde, com o filósofo britânico Bertrand Russell, assinou o Manifesto Russell-Einstein, que destacou o perigo das armas nucleares. Foi afiliado ao Instituto de Estudos Avançados de Princeton, onde trabalhou até sua morte em 1955.

Realizou diversas viagens ao redor do mundo, deu palestras públicas em conceituadas universidades e conheceu personalidades célebres de sua época, tanto na ciência quanto fora do mundo acadêmico. Publicou mais de 300 trabalhos científicos, juntamente com mais de 150 obras não científicas. Suas grandes conquistas intelectuais e originalidade fizeram da palavra “Einstein” sinônimo de gênio. Em 1999, foi eleito por 100 físicos renomados o mais memorável físico de todos os tempos. No mesmo ano, a revista TIME, em uma compilação com as pessoas mais importantes e influentes, classificou-o a pessoa do século XX.

Seus pontos de vista sobre a crença religiosa foram coletados a partir de entrevistas e escritos originais. Quando jovem dizia que acreditava no conceito de “Deus” conforme preconizado pelo filósofo Baruch Espinoza, mas não em um D’us pessoal, crença que ele criticava. Nesta visão, D’us e a natureza são uma mesma entidade. Chamava-se de agnóstico, ao mesmo tempo que se dissociava do rótulo de ateu quando vinculado ao ateísmo forte (ateísmo não cético). “Você pode me chamar de agnóstico, mas eu não concordo com o espírito do ateu profissional cujo fervor é um ato de dolorosa restrição da doutrinação religiosa da juventude. Eu prefiro ter uma atitude de humildade em relação ao quão pouco entendemos sobre a natureza e nossos próprios seres”, escreveu a Guy H. Raner Jr. em setembro de 1949.

Numa carta manuscrita em alemão em 1954 e dirigida ao filósofo judeu Eric Gutkind, Einstein critica enfaticamente as religiões institucionalizadas, em particular a religião judaica, de forma a posicioná-lo como ateu um ano antes de sua morte. Na missiva em questão, o cientista declara que “A palavra Deus para mim é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana, a Bíblia é uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis”. Conhecida como a “Carta de Deus”, a carta foi vendida em 2018 em Nova Iorque por 2,89 milhões de dólares num leilão organizado pela Christie’s.

Quando em viagem, Einstein escrevia diariamente para sua esposa Elsa e as enteadas Margot e Ilse. As cartas foram incluídas nos documentos legados à Universidade Hebraica de Jerusalém. Margot Einstein permitiu que as cartas pessoais fossem disponibilizadas ao público, solicitando que fossem esperados vinte anos após sua morte para a publicação, o que ocorreu em 1986. Barbara Wolff, dos Albert Einstein Archives da Universidade Hebraica de Jerusalém, disse à BBC que há cerca de 3 500 páginas de correspondência privada, escritas entre 1912 e 1955.

Einstein doou os royalties do uso de sua imagem para a Universidade Hebraica de Jerusalém. Corbis, sucessor da The Roger Richman Agency, licencia o uso de seu nome e imagens associadas, como agente para a universidade. Suas grandes conquistas intelectuais e originalidade fizeram da palavra “Einstein” sinônimo de gênio. Sua fórmula de equivalência massa-energia — E = mc² — foi chamada por Karen Fox e Aries Keck de “a equação mais famosa do mundo”.Ao lado da mecânica quântica, sua teoria da relatividade geral foi considerada um dos pilares da física moderna.

Em dezembro de 1952, Albert Ghiorso, trabalhando na Universidade da Califórnia em Berkeley, descobriu um novo elemento ao analisar resíduos da detonação da primeira bomba H.  Para homenagear Einstein, este novo elemento, o de número 99 na tabela periódica, recebeu o nome Einstênio. No cinema foi interpretado pelos atores Walter Matthau em I.Q. (1994) e por Tom Conti em Oppenheimer (2023).

No período anterior à Segunda Guerra Mundial, era tão conhecido nos Estados Unidos a ponto de ser indagado na rua por pessoas que solicitavam que ele explicasse “aquela teoria”. Einstein finalmente descobriu uma maneira de lidar com as perguntas incessantes. Ele passou a responder a elas com o bordão “Perdão, sinto muito! Sou sempre confundido com o Professor Einstein”. Foi o assunto ou inspiração para muitas novelas, filmes, peças de teatro e obras de música.

 É o modelo favorito para representações de cientistas loucos e professores distraídos, seu rosto expressivo e penteado característico têm sido amplamente copiado e exagerado. Em 1999, a revista Time publicou a compilação Time 100: The Most Important People of the Century, no qual classificava as pessoas mais influentes do século XX. Einstein ficou em primeiro lugar como a pessoa mais importante do século, acrescentando que foi o cientista preeminente em um século dominado pela ciência. As pedras fundamentais da época — a bomba, o Big Bang, física quântica e eletrônicos — todas trazem sua marca”. Frederic Golden escrevendo para a mesma revista disse na publicação que Einstein era “o sonho realizado de um cartunista”. Também em 1999, 100 físicos renomados elegeram-no o mais memorável físico de todos os tempos.

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