A Hamsá no Judaísmo: Símbolo de Proteção,
Fé e Identidade

A Hamsá, também conhecida como “mão de Míriam” em outras tradições, é um objeto de grande relevância cultural e espiritual no mundo judaico. Carregada de significados profundos, a Hamsá representa proteção, bênçãos e a presença divina, sendo um elo entre tradições antigas e a fé contemporânea.

A palavra “Hamsá” deriva do árabe para “cinco”, fazendo referência aos seus cinco dedos. Embora seja um símbolo compartilhado entre diferentes culturas e religiões do Oriente Médio, no judaísmo a Hamsá ganhou conotações específicas. Muitas vezes chamada de “mão de Miriam”, em alusão à irmã de Moisés e Arão, o amuleto passou a representar a força e a proteção que acompanha o povo judeu ao longo dos séculos. Suas raízes se perdem na antiguidade, quando rituais e crenças populares se uniram aos ensinamentos religiosos para criar símbolos que servissem de escudo contra o mau-olhado e energias negativas.

No contexto judaico, a Hamsá possui múltiplos significados:

  • Proteção contra o Mau-Olhado: Um dos atributos mais conhecidos do amuleto é sua função de afastar o “olho gordo” e influências negativas. Acredita-se que a Hamsá tenha o poder de desviar energias maléficas, protegendo o portador e seu lar.
  • Benção e Fertilidade: Os cinco dedos podem simbolizar as cinco dimensões da existência e da proteção divina, bem como representar os cinco livros da Torá, enfatizando a importância da sabedoria e dos ensinamentos sagrados.
  • Conexão com o Divino: Ao retratar a imagem de uma mão, o símbolo também remete à ideia de ação e intervenção divina no mundo. É um lembrete de que a presença de Deus se manifesta através de gestos de proteção e misericórdia.

A Hamsá encontra ampla expressão tanto em objetos de arte quanto em práticas cotidianas:

  • Decoração e Joalheria: É comum ver o amuleto em forma de pingentes, quadros, talismãs e outros objetos decorativos. Esses itens não apenas embelezam os ambientes, mas também atuam como lembretes constantes da proteção divina.
  • Rituais e Tradições: Em muitas comunidades judaicas, a Hamsá é incluida em cerimônias de bênção e festividades, simbolizando a continuidade e a resiliência do povo. Em momentos de transição ou celebração, o amuleto reforça a mensagem de que a fé e a proteção divina acompanham cada passo da jornada.
  • Intercâmbio Cultural: Apesar de suas raízes compartilhadas com outras tradições do Oriente Médio, a Hamsá no judaísmo é ressignificada com elementos próprios da história e da espiritualidade judaica, criando um diálogo entre o passado e o presente.

A Hamsá no judaísmo pode ser  um simples amuleto ou um testemunho da tradição, da proteção divina e da continuidade de uma cultura milenar. Seja através de sua presença em objetos cotidianos ou na simbologia que permeia os ensinamentos judaicos, a Hamsá reafirma que, mesmo diante dos desafios do mundo moderno, a fé e a identidade permanecem como pilares fundamentais para a construção de um futuro seguro e abençoado, claro para aqueles que são ligados a símbolos que refletem um povo um legado e seus costumes; lembrando sempre que por mais que este símbolo tenha importância e grande valor nós judeus não depositamos nossa confiança e emunah em símbolos somente em Hashem. O que os símbolos trazem com eles são a beleza e riqueza de significados e história que são contatos através da gerações . 

 

(D’vorah Anavá)

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